quinta-feira, 29 de julho de 2010

Cantei canções de esquecimento,
quis ver minha memória desaparecer,
e sentir morrer com o tempo
o trauma que da vida é crescer.

Mas, mesmo indo a deusa
Parar bem longe de mim, com o vento,
é difícil retirar o que da vida mesma
Já marcou e está cá dentro.

E não há mais profundo turbilhão,
mais intensos e determinantes sofrimentos
Do que aqueles que mesmo sem explicação,

São feitos na carne e não na história,
Não dependem da razão ou de Minemosine,
deusa que de uma só vez, nos conserva e nos oprime.

27/07/2010

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