Insisto em versos, são o que tenho
e não tenho medo se repetitivo.
Não escondo minha vontade
quero o humano submerso em arte
e digo direto, sem máscara ou firula.
Tenho um coração imenso
- que não sendo oco –
sinto muito.
É dele que preciso dar conta.
Para além dos detalhes é tudo enfadonho
e não quero desperdiçar meu tempo.
Me interessa saber dos retalhos da observação
que só atentam aos olhos mais treinados e atentos.
* Dois pássaros ao longe, um cinza outro preto,
que se dispersam na
paisagem de uma cidade.
* Maritacas conversam em canto
logo acima da obra
de um prédio.
* Das bougainvilleas, de beleza escancarada
impossível não
serem notadas.
Poucos ligam nome à
pessoa.
E perdem-se os olhares
em um tão vasto mundo de produção.
Obrigados, todos nós!
E sorriem coronéis, comandam patrões.
Obrigado...
Obrigado...
Obrigados!
Mas insisto em verso, não esqueço minha vontade.
Submerjo em arte e digo sem firula:
“Tenho um coração imenso,
que não sendo oco - sinto muito -
é dele que preciso dar conta.”