Quando partiu, para mim sobrou
o outono, o sabor de morte.
Solidão é terra morta, rio sujo,
não sobra vida nos olhos...
Não deixa vontade de vida.
Hoje floresceram os primeiros ipês,
cantaram alto os bem-te-vis
e cantei eu que bem vi
Uma formosa flor silvestre; semi-agreste.
À alma que se encontrava gelada
veio o pulsar ardente de uma paixão
e floriram, por toda parte,
na mesma hora, os ipês amarelos.
Tornei-me mulher-flôr de graça singela,
exuberante e independente Tabebuia chrysotricha.
Não mais espero. Vejo-me linda e livre
sou quem sabe onde está e o que faz.
Neste inverno que sucede não esqueço nosso amor,
Foi mistura de almas em caldeirão fervente...
Simplesmente entenda que hoje sou outra.
E carregarei para sempre, em preto e branco,
a linda foto de um grande amor que ficou para trás
enquanto segui com a vida para frente.
Eu queria que as mulheres que acompanham o blog opinassem a respeito dessa poesia, pq eu tentei escrever no feminino, mas acho que não ficou bom.
ResponderExcluirquê que vcs acham? ficou boa? gostaram? causou sensações?
valeu...
Huumm... Achei muito bonita a poesia, transmite muito sentimento..^^ ... Posso estar errada, mas, vejo uma coisita que poderia aproximar mais de uma escrita feminina:
ResponderExcluir* Acho meio difícil uma mulher usar a palavra "formosa" (eu não usaria...hihihi..eu optaria por "singela" ou adjetivo semelhante). No mais, como sempre, tudo muito bem escrito.
Aproveito para avisar que os premiei com o "Selo Drunk" é só passar no: http://totalmentecomum.blogspot.com/2010/06/meu-primeiro-selo-bloguistico.html para retirarem..
^^