Em um estranho,
o mais estranho dos dias,
nu,
senti o tempo parar em uma esquina.
Enquanto ardiam de ânsia meus pés descalços,
sob o teor imóvel do asfalto
o desfiladeiro de um coração frio tragava o mundo.
“Cego como trator;
voraz como usina!”.
Houve uma chuva fria,
de pétalas e flores constituída.
E no instante do mundo no qual:
• O espaço dilui e se espalha;
• o tempo pára;
• o improvável; nada.
A chuva que caía, logo acumulava.
Formava um rio,
que subia.
De súbito,
um mergulho profundo.
(...)
Fui com o amor, subindo a serra.
(...)
Enquanto a cidade desmoronava,
o rio seguia.
Em forma e perfume de mulher amada.
Linda, maravilhosa.
ResponderExcluirFiquei altamente chocada. A poesia é muito linda.
Só que acaba sem terminar. Igual à "A cura".