terça-feira, 27 de setembro de 2011

Carta dos Estudantes Organizados da FAFICH – UFMG em apoio à greve dos professores da rede estadual de ensino


Nós, os Estudantes Organizados da FAFICH – UFMG, declaramos apoio irrestrito à greve dos professores da rede estadual de Minas Gerais e manifestamos nossa indignação frente à postura do governo estadual e o tratamento de choque à greve.


*        Consideramos uma vergonha que o estado de Minas Gerais se baseie em mentiras criminosas e repressão ditatorial política e militarmente (vide a atuação do poder judiciário representado pelo TJMG* - elucidado em anexo - e através do desembargador Roney Oliveira e da polícia militar; braços, armados e perigosos do governo).

*        Tratamos como criminosa a ação corrupta e podre dos grandes veículos de informação. Com política de censura e demissão de opositores a fim de criar uma ciência da desinformação e controle de massa. Uma atitude claramente parcial em apoio a um grupo/cartel/quadrilha, que governa as Minas Gerais energicamente.

Um grupo de Aécios e Nostalgias!

O governador Anastasia se recusa a cumprir a lei nacional do piso e declara a greve ilegal.
Nós; o consideramos Governador Fora-da-Lei, e exigimos o cumprimento imediato da Lei Nacional do Piso.
O grupo de jornais como o “Estado Minas” e a “Globo Minas” mentem e omitem, descaradamentem.
Informam que o governo paga o Piso Nacional, decretam o fim da greve, veiculam um calendário de reposição falso que não foi aprovado pela categoria, e inúmeras outras falcatruas.
Isto porque compactuam e têem papel fundamental para a instauração de uma ditadura da mentira em prol de interesses particulares de um grupo de administradores e políticos.
Inescrupulosos!

Frente à postura do governador de negar-se ao diálogo e da responsabilidade sobre a greve e sua longa duração, indignamo-nos e conclamamos a todos os professores, atuais ou futuros, todos os estudantes – incluindo os secundaristas - cada cidadão que vê na educação a oportunidade de inclusão e crescimento humano, social e econômico; que saiam às ruas e expressem seu apoio aos professores, nesta luta justa contra o governador privado das elites, para elas e ninguém mais.

Ressaltamos ainda que a postura omissa da reitoria da UFMG, da diretoria da FAFICH e de muitos estudantes e professores desta universidade e deste departamento, é inaceitável.
Se pensarmos na função primeira das instituições de ensino: formar cidadãos plenos de capacidade crítica e aptos a reivindicar seus direitos frente a governos despóticos, esta instituição de ensino está falida e já teve dias melhores; hoje vive de nostalgia!
Não aceitamos o silêncio condescendente dos que se encontram acomodados e forçosamente cegos a uma situação tão real, moderna e cotidiana a pelo menos 100 dias, para não dizer 8 anos.

No intuito de resgatar a função crítica e ativa da FAFICH enquanto núcleo de pensadores e ativistas sociais, conclamamos os não acomodados a reunirem-se nos corredores e debaterem a greve dos professores como ponto inicial de uma discussão maior sobre os rumos da educação no Brasil e o contraste com o sistema educacional que queremos e julgamos melhor para a população mineira e brasileira.


Contra as barricadas do individualismo;
contra a ultra-especialização, que aliena;
pelo claro posicionamento dos departamentos, professores e estudantes da UFMG;
um grito de quem enxerga e não vai ficar calado;
um grito de quem não suportar o silêncio resignado;
um grito de quem constrói pensamento com a realidade e para ela – para além da sala de aula.
Um grito de guerra ideológica.

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