A contradição que me consome a alma
é notar que o amor não é prático
e saber, após ter amado,
que praticamente
nada mais importa quando se ama.
Saber que frente a esta escolha,
não ousam passar por esta porta,
causa-me estranhamento desconfortante.
Se é meio louco abandonar o mundo
irresponsavelmente
prático para produção e consumo
e alçar vela para amar sem rumo.
Quebro o espelho e inverto tudo.
E finco o prego, bato o martelo;
decreto!
Louco é o mundo de quem prefere
"funcionário do mês" a "amante vagabundo".
Não!
Nada entendo de ser adulto.
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