sábado, 22 de maio de 2010

Carta à amada de um soldado entrincheirado

Eu andei na escuridão da vida.
Eu andei no contrapé do mundo.
Eu vi a lua luzindo mulher.
Vi seu amor, a luz no escuro.

Eu vi a guerra na linha de frente.
Vi os cabelos pretos da morte -
o odor pútrido - carne em decomposição;
e vi o que os urubus tramavam...

Eu pisei na estranha liga da lama:
Terra, sangue e desespero.
E apesar do medo do rifle inimigo,
Cara-a-cara, flertei com a morte.

Eu soube que amava a vida,
Quando estive de amores com a morte!

3 comentários:

  1. Super lindo, lindo mesmo... Parabéns!

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  2. Po vitao, essa ficou fodastica...
    Muito bem contruida...
    abraços continue surpreendendo...

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  3. Esse cara tá se achando. Só porquê ele agora conseguiu fazer uma poesia que puta-que-o-pariu-;hãm.
    Essa ele conseguiu terminar.
    Será que ele vai conseguir fazer outra? Vai saber...?

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