domingo, 25 de abril de 2010

Meu Afã

E venho, novamente, me contar
(com não me canso?)
Insisto nesse torpe afã
(esgoto-me)
Afim, de quem sabe, a luzes da manhã
Venham me libertar

Rogo um tempo onde a claridade me acompanha
Um tempo em que o véu se desfaça
E eu, farto de ser minha caça
Corrobore com os superficiais intentos

Sinto encorpar-se a questão:
Será que quero me falar?
Será que todas minhas palavras, pretéritas,
por fim, foram em vão?
Ou melhor: vãs!

Há quem diga (eu para mim mesmo)
Que essa luta constitutiva
Essa guerra interna
Não passa de ilusão intuitiva...
Que meu intento verito
A quem dou muitos méritos
Não é nada além de mais uma mascara
Que me encara carrancuda a dizer-me:
Não há verdades para você!

Um comentário:

  1. que afã é este que nos faz violentamente implorar clemência a nós mesmos ou pelo menos mais uma dose de "verdade"? risos... que fazer para nao usar essa onipotência que nos toma?
    Senão a verdade....senão a verdade..
    é uma ansia,uma gula pelo mundo e suas verdades.e o mundo insiste em nao ser comivel..hihihi

    ResponderExcluir