quarta-feira, 14 de abril de 2010

É um milagre!

"De onde as coisas têm seu nascimento, ali também devem ir ao fundo,
segundo a necessidade; pois têm que pagar penitência e de ser
julgadas por suas injustiças, segundo a ordem do tempo"
Anaximandro


Não tenho muito lastro para me contar
Mas mesmo assim ouso
Pois acredito que é no mastro e no velejar
Que encontrarei repouso

O vento que me impulsiona conta-me suas histórias
Com seu singular assobio que hora me afaga a nuca
E hora me causa arrepio

E é com base nas minhas memórias
que reconstruo o que nunca vivi
e faço de tudo para sorrir

Sei que é pesado o fardo
e sinto, forte, a gravidade
Nesses meus dias
Desses meus dias
Por isso meu samba parece fado
E rogo a minha hecticidade
Algo que não sei bem o teor
Mas que grita: alivia-me essa dor

2 comentários:

  1. Nem vou comentar, sei onde vc mora daqui a poco apareço aí pra te dar porrada...

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  2. Cara! No final dá até pra sentir o ar faltando ao peito!
    Parabéns mesmo.

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