sábado, 22 de outubro de 2011

Alça-vela


Sobre proa de barco,
onde ave-avoua,
segue ritmo de mar.
Em balanço mestrado de mar,
o natural homem em contato com o mundo;
sente o mundo
sente o mar
sem ter o mar.

O ridículo é o homem
buromecânico, sem pulso.
Sem íntimo, sem profundo; ...
sem saber que está em mundo.
Logo sem (m)ar!

Sequer, quer; e
Se quer, nem sabe o quê/por quê?
Quer?!
(...)
soluça
e compra.

Ridículo é o homem
Que vê na TV
A vida passar como cheque avulso
Sem valor e em branco;
Inútil!
é o papel de omisso.

Todos corroboram uma sociedade que ninguém quer,
da qual ninguém gosta;
não mais alguns toleram.
É dever não acomodar-se,
Não acostumar-se à poltrona,
Não curtir domingo!

É preciso ver que há.
Mais do que dinheiro,
sonho é mais que acumular.
Natureza é para dialogar.
É preciso reconhecer que há
de sentir o mar com calma
e, sem ânsia,
é preciso subverter o sonho para o além do mercado.

É para agora, alçar vela.

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