Nós, os Estudantes
Organizados da FAFICH – UFMG, declaramos apoio irrestrito à greve dos
professores da rede estadual de Minas Gerais e manifestamos nossa indignação frente
à postura do governo estadual e o tratamento de choque à greve.
* Consideramos uma vergonha que o estado de Minas Gerais se baseie em mentiras criminosas e repressão ditatorial política e militarmente (vide a atuação do poder judiciário representado pelo TJMG* - elucidado em anexo - e através do desembargador Roney Oliveira e da polícia militar; braços, armados e perigosos do governo).
*
Tratamos
como criminosa a ação corrupta e podre dos grandes veículos de informação. Com
política de censura e demissão de opositores a fim de criar uma ciência da
desinformação e controle de massa. Uma atitude claramente parcial em apoio a um
grupo/cartel/quadrilha, que governa as Minas Gerais energicamente.
Um grupo de
Aécios e Nostalgias!
O governador
Anastasia se recusa a cumprir a lei nacional do piso e declara a greve ilegal.
Nós; o
consideramos Governador Fora-da-Lei, e exigimos o cumprimento imediato da Lei
Nacional do Piso.
O grupo de
jornais como o “Estado Minas” e a “Globo Minas” mentem e omitem, descaradamentem.
Informam que o
governo paga o Piso Nacional, decretam o fim da greve, veiculam um calendário
de reposição falso que não foi aprovado pela categoria, e inúmeras outras
falcatruas.
Isto porque
compactuam e têem papel fundamental para a instauração de uma ditadura da
mentira em prol de interesses particulares de um grupo de administradores e
políticos.
Inescrupulosos!
Frente à postura
do governador de negar-se ao diálogo e da responsabilidade sobre a greve e sua
longa duração, indignamo-nos e conclamamos a todos os professores, atuais ou
futuros, todos os estudantes – incluindo os secundaristas - cada cidadão que vê
na educação a oportunidade de inclusão e crescimento humano, social e
econômico; que saiam às ruas e expressem seu apoio aos professores, nesta luta
justa contra o governador privado das elites, para elas e ninguém mais.
Ressaltamos
ainda que a postura omissa da reitoria da UFMG, da diretoria da FAFICH e de
muitos estudantes e professores desta universidade e deste departamento, é
inaceitável.
Se pensarmos na
função primeira das instituições de ensino: formar cidadãos plenos de
capacidade crítica e aptos a reivindicar seus direitos frente a governos
despóticos, esta instituição de ensino está falida e já teve dias melhores;
hoje vive de nostalgia!
Não aceitamos o
silêncio condescendente dos que se encontram acomodados e forçosamente cegos a
uma situação tão real, moderna e cotidiana a pelo menos 100 dias, para não
dizer 8 anos.
No intuito de
resgatar a função crítica e ativa da FAFICH enquanto núcleo de pensadores e
ativistas sociais, conclamamos os não acomodados a reunirem-se nos corredores e
debaterem a greve dos professores como ponto inicial de uma discussão maior
sobre os rumos da educação no Brasil e o contraste com o sistema educacional
que queremos e julgamos melhor para a população mineira e brasileira.
Contra as
barricadas do individualismo;
contra a
ultra-especialização, que aliena;
pelo claro
posicionamento dos departamentos, professores e estudantes da UFMG;
um grito de quem
enxerga e não vai ficar calado;
um grito de quem
não suportar o silêncio resignado;
um grito de quem
constrói pensamento com a realidade e para ela – para além da sala de aula.
Um grito de
guerra ideológica.
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