terça-feira, 31 de agosto de 2010

Esse amor para que você queria?

Para que você queria esse amor?
Para que você me pediu para te amar?
Se você não me ama assim?
Para que tudo aquilo ?

Para que você queria?
Esse meu amor?
Para por numa prateleira?
Para guardar numa estante?

Eu sei para que você queria?
Para guardar no seu coração!
Para ficar do Lado do meu coração!
Mas o que foi esse amor?

Para mim foi de um jeito?
Para você foi de outro?
Qual foi o certo?
Qual foi o errado?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Declaração de Independência.

A partir de hoje, declaro

Todo prazer insaciável

Toda dor incurável

Todo corpo intocável

Toda dúvida inacabável

Todo pesadelo alcançável

Toda indiferença abominável

Todo medo tornar-se-á vil

Toda lembrança esquecível.

domingo, 8 de agosto de 2010

Amar

Sera que eu te esqueceria?
Sera que se eu te amasse poderia te esquecer?
Sera que eu poderia viver sem você?
Sera que eu estaria agora sem você?

Se eu te amasse te diria,
Te diria de um jeito especial,
Te diria do meu jeito.
Mas te diria,

Como eu te amo,
Aceitaria você como você é,
Aceitaria tudo em você,
Aceitaria uma coisa,

O fato de você não me amar,
O fato de você amar outro,
O fato de você ser feliz com outro,
O fato de você estar feliz com outro,

Aceitaria tudo isso de verdade,
So por ter te amado
Amado de verdade
Amado com meu coração de verdade.

Sonhos

E tenho varias angustias,
Eu tenho varios sonhos,
Destas angustias eu não
Sei quais sonhos vão se realizar

Mas eu sei,
Que nunca posso parar de sonhar,
Nunca posso deixar
Estas angustias me dominar

E se um sonho vier a realizar,
Sei que posso viajar,
Posso seguir,
Posso voar.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mas, antes de qualquer coisa, eu preciso aprender a fala.

Aprender a dizer as coisas, retas, sem dar asas ao drama,
desfazendo tantas tramas na descomoção dos lábios tensos.
Tenho que desimaginar a contínua transa entre o espírito e matéria, deixar de ver nas pedras substâncias nada etéreas;

pôr de lado tanto sonho e perceber que é no mundo que mais medo escondo.

Tenho que olhar menos nos olhos - pessoas jamais entendem gestos - querem na doçura da boca ver ruir todos os sonhos.
E ver que se faz de palavras o seu mundo concreto.

Pois é prejuízo meu: saber que sou feito de carne e não de verbo
e ainda mais saber que é inválida a minha postura.
que preciso apalavrar-me, descarnalizar-me.
É prejuízo meu!

E é também só lembrar-me defronte ao médico que corpo e coração e fígado e cérebro são vocábulos,
e que ossos,
são os que sustentam.

Não obstante, para a minha última esperança, ainda não me conveceram de que alma é palavra.
É assim que dissolvo-a (matéria); desse modo que ainda penso fazer dela minha escrava.
28/07/2010