Suffering so much from you ill minded disposition
Have come to my senses with a scream of self recognition
To have you awakening by my side in every night of dream
Without the power to cast away, never been seem
So now I still remain with the scraps of that sickness within
Scraps of an ludicrous illusion soon to be clean
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
um homem
"É mais um dia
do dia-a-dia
que se repete todo dia.
É muito chato e se repete a cada dia."
E nessas manhãs
só há pressa pra apertar gravata e sair pro trabalho.
Há um amor em situação delicada,
um amor que não se sente à vontade.
Que é uma espera que se perpetua,
uma vontade que seca e definha
à espera de um tempo
que só se apressa e nunca chega.
Promete que chega um dia
mas este dia ninguém chega a ver.
Sai para a rua o apressado homem que deve
cumprir todas as tarefas em tempo recorde.
Levar os filhos à escola, enquanto reclamam;
conversar com a mulher, em duvida sobre se amam.
Pagar contas de água, luz, televisão;
prestação de carro, apartamento, financiamento.
Enquanto faz tudo e mais um pouco; se lembra do afeto.
É um homem
que não liga para a mãe,
que não vê os amigos,
que não ri com o pai,
que não sabe dos filhos,
que não transa mais;
e sente saudade.
Mas passa por cima
pois há um chefe que cobra metas e alerta,
xinga se, por um segundo,
sonha.
E é o homem que se aperta.
Comprime sua raiva que não pode ser expressa;
sufoca a insônia e come angústia.
É o homem que agora foge de uma relação profunda,
que já nem pensa mais,
ou ama mais,
que não vê o mar e não mergulha.
Faz tudo que faz sem saber
e já nem sabe que devia se preocupar
e já não vê que precisa de alento.
Que já não está mais atento,
fora roubado em seu trabalho e seu tempo.
Para tudo que faz falta o ar, o estar pleno.
Ofega,
aperta o peito e adormecem as pontas dos dedos.
aperta o peito e adormecem as pontas dos dedos.
Não mais a partir deste dia que começou igual.
Em um segundo de espera para atravessar o sinal,
olhou ao redor. Percebeu e questionou o Homem.
Em sua cidade, viu as ruas compostas de pressa
e quis saber do mundo mais que da caixa preta.
Pensou que era piada uma organização financeira
que girando em ciclos, está presa
e emperra os homens da Terra
com sonhos de acumulação neurótica
e prisão verdadeira de mentes e corpos.
Não é lícito mentir que não sentiu medo;
era a tormenta que se apresentava
em giros no meio do caminho.
Lembrou-se da vida inteira como morresse
e sentiu raiva consciente do dia-a-dia que o matava.
Inflamaram-lhe as vísceras e os olhos
com o fogo juvenil da ânsia pelo desastre
e quis matar, o homem.
Um a um, todos os sentimento guardados
subiram à superfície da pele e emitiram luz.
Era um soluço e um brilho para cada mágoa ressentida;
uma tosse para cada sapo engolido;
um espirro para alegrias que passaram e não viu.
Azul, amarelo, verde, vermelho e roxo, era o homem e não
sabia.
Um surto psicótico à luz do dia,
sucedido de AVC e enfarto enquanto gargalhava.
Nosso personagem sentiu romperem os vasos sanguíneos.
Sentiu o sangue jorrar dentro de seu corpo até sua morte.
Para ele foram flores e cores das quais gostava e (há muito) não via.
O relatório médico é frio por que não soube o que ele
sentia.
Nosso personagem foi, um dia, um homem de sensibilidade,
sentiu, na hora da morte, o prazer da naturalidade.
Sentiu que tudo em seu corpo se transformava.
Seus órgãos viraram lagos e mares,
seu sangue, flores;
sentimentos, música.
Sentiu o que não podia ver ou viver para ver, e amava.
Sentiu sua existência jorrar em arco-íris,
banhar a existência cinzenta das cidades
e canalizar-se em um riso enorme
a despertar os homens e alegrar as crianças.
Como devem ser os homens e as crianças.
Toda a confusão de alguns instantes e o homem amou o mundo
Toda a confusão de alguns instantes e o homem amou o mundo
e quis que se amassem neste mundo;
transcendeu o Homem, o homem no mundo.
Em paz e em riso morreu um homem de terno
à luz de um meio-dia.
à luz de um meio-dia.
sábado, 22 de outubro de 2011
Alça-vela
Sobre proa de barco,
onde ave-avoua,
segue ritmo de mar.
Em balanço mestrado de mar,
o natural homem em contato com o mundo;
sente o mundo
sente o mar
sem ter o mar.
O ridículo é o homem
buromecânico, sem pulso.
Sem íntimo, sem profundo; ...
sem saber que está em mundo.
Logo sem (m)ar!
Sequer, quer; e
Se quer, nem sabe o quê/por quê?
Quer?!
(...)
soluça
e compra.
Ridículo é o homem
Que vê na TV
A vida passar como cheque avulso
Sem valor e em branco;
Inútil!
é o papel de omisso.
Todos corroboram uma sociedade que ninguém quer,
da qual ninguém gosta;
não mais alguns toleram.
É dever não acomodar-se,
Não acostumar-se à poltrona,
Não curtir domingo!
É preciso ver que há.
Mais do que dinheiro,
sonho é mais que acumular.
Natureza é para dialogar.
É preciso reconhecer que há
de sentir o mar com calma
e, sem ânsia,
é preciso subverter o sonho para o além do mercado.
É para agora, alçar vela.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Fuga
Só fugi duas vezes na minha vida
Uma quando nasci
E outra quando vivi
E tive que viver
Mesmo assim
Baloiçando
De um extremo ao outro
Com medo da queda
E da subida
Não entrando
Pra não ver saída
Desconhecendo
A despedida
Das relações
Não cometidas.
Cheguei longe
Pra não estar perto
Mas, de surpresa
Fui descoberto
Mais uma farsa
De peito aberto.
Uma quando nasci
E outra quando vivi
E tive que viver
Mesmo assim
Baloiçando
De um extremo ao outro
Com medo da queda
E da subida
Não entrando
Pra não ver saída
Desconhecendo
A despedida
Das relações
Não cometidas.
Cheguei longe
Pra não estar perto
Mas, de surpresa
Fui descoberto
Mais uma farsa
De peito aberto.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Criação
Quando me perguntam:
Crês na criação?
Respondo logo que sim.
E como poderia crer que não?
Com tantas indústrias,
fumaça que entope os pulmões,
jagunços corporativos
chicotes modernizados.
Maçãs pecaminosas,
cruzes virtuais.
O homem cria a fundo!
é espetacular o que fez
do mundo, sua imagem
e dessemelhança.
Trabalho mais criativo?
Impossível!
Pois é fácil, ver Deus,
todo dia às sete
tomando aquele café
corrido, torcendo,
pelo atraso do bonde
e pela chegada da regra.
Porque filho é só
parecença, e ninguém quer
igualdade.
Quer mesmo ser
criador da criatividade.
Toda a obra,
é apenas,
metade.
Mas o capital,
é quem sabe se pôr
e cria duas vezes
dez mil Deuses,
e não tem tempo
pro sol se opôr,
a não ser que seja:
no fundo da tela
de um computador.
Crês na criação?
Respondo logo que sim.
E como poderia crer que não?
Com tantas indústrias,
fumaça que entope os pulmões,
jagunços corporativos
chicotes modernizados.
Maçãs pecaminosas,
cruzes virtuais.
O homem cria a fundo!
é espetacular o que fez
do mundo, sua imagem
e dessemelhança.
Trabalho mais criativo?
Impossível!
Pois é fácil, ver Deus,
todo dia às sete
tomando aquele café
corrido, torcendo,
pelo atraso do bonde
e pela chegada da regra.
Porque filho é só
parecença, e ninguém quer
igualdade.
Quer mesmo ser
criador da criatividade.
Toda a obra,
é apenas,
metade.
Mas o capital,
é quem sabe se pôr
e cria duas vezes
dez mil Deuses,
e não tem tempo
pro sol se opôr,
a não ser que seja:
no fundo da tela
de um computador.
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