A Lua e Eu
De súbito a claridade! Já anunciada entre as linhas que nos perpassam
Mas que jazia escondida no que há de obscuro, no secreto do espelho.
Só o tempo, só o tempo... Que passa lento e caminha com passos firmes
Para resolidificar o sólido e expandir mais o rubro aparelho
E delatar o que seus sonhos cantam
E destruir o que temes
Ai! A solidão irá me acompanhar e não há com não ser triste
O mundo, a vida, a morte até os sonhos nos condenam à dor
Tudo que é torpe é o que existe. E tudo me parte
Cada gesto, cada cor, cada lágrima
Tudo me emociona
É um desastre!
Ai! E o que me rasga é o mesmo que me laça
É o que me faz pedir mais um gole
É o veneno que me chega em taça
É o que há de mais torpe
E o que existe com mais força
Por isso canto e clamo:
Oh lua! Oh lua!
Chegas-me com esse sorriso pleno
Essa fartura de brilho
Esse infinito nos olhos
Chegas-me com essa charla
Com o doce na ponta da língua
Com a palavra que mingua
E com o silêncio que me cala
Venha e não se afaste!
Lua minha
Sonho meu
Venha e não resguarde o sob o véu
Não me impugne teu vórtice
Que a mais pura tolice
É me privar deste céu
Oh lua! Não me impeças de teu brilho
de teu sorriso, de teu calor, de teu rosto
Pois a ti dei-me de amor
E por isso sou roto!
Poesia dedicada à Thobila de Lima Costa
sexta-feira, 21 de maio de 2010
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Suicidio
Meu verso não é palavra solta,
não é assim que se faz.
É carga concentrada...
Raio que corta o céu, fugaz.
Meu verso é dor de coração apertado
De amor engasgado sem poder se dar.
Explode em um momento único:
Lápis e papel, como fosse um tiro.
Meu verso é lágrima de parente próximo,
é dor que não se explica ou conforta.
Meu verso é minha morte atirada em papel.
E dos seus olhos,
lágrimas pretas,
e
s
c
o
r
r
e
m
.
não é assim que se faz.
É carga concentrada...
Raio que corta o céu, fugaz.
Meu verso é dor de coração apertado
De amor engasgado sem poder se dar.
Explode em um momento único:
Lápis e papel, como fosse um tiro.
Meu verso é lágrima de parente próximo,
é dor que não se explica ou conforta.
Meu verso é minha morte atirada em papel.
E dos seus olhos,
lágrimas pretas,
e
s
c
o
r
r
e
m
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domingo, 9 de maio de 2010
Comiseração
Tento hoje ver o que é a minha vida,
Porém, não sei de onde devo olhar por ela.
Todo o olhar, todo lugar, toda ferida,
Está exposta na alma como numa tela.
As verdades que sempre cultivei,
São como as farças que em meu peito colocou
O mundo, desse medo de viver e ser;
O solo em que ainda piso com temor.
Quero felicidade, amizade, amor.
Mas só percebo inveja, falsidade, pavor,
Hipocrisia em pequenas lições - para crianças -
Condescendência, desânimo, desesperança...
Queria mesmo olhar nos olhos,
Fazer a sonhada dança,
Poder ser pequeno,
Poder ser sincero,
Poder voltar à franqueza da infância
Porém, não sei de onde devo olhar por ela.
Todo o olhar, todo lugar, toda ferida,
Está exposta na alma como numa tela.
As verdades que sempre cultivei,
São como as farças que em meu peito colocou
O mundo, desse medo de viver e ser;
O solo em que ainda piso com temor.
Quero felicidade, amizade, amor.
Mas só percebo inveja, falsidade, pavor,
Hipocrisia em pequenas lições - para crianças -
Condescendência, desânimo, desesperança...
Queria mesmo olhar nos olhos,
Fazer a sonhada dança,
Poder ser pequeno,
Poder ser sincero,
Poder voltar à franqueza da infância
terça-feira, 4 de maio de 2010
Devaneio.
Refresco-me
Com suco de uva
Sacio-me
Na água da chuva
Afogo-me
No prazer da vulva
Transformo-me
Num vadio da vida.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Geografia de Minas
O formato de Minas,
geografia de Minas.
No triângulo, nariz:
Nariz de cão de guarda, que fareja
Investimentos, negócios e truculência...
(por baixo dos panos – pobreza)
Nariz dos moleques... que escorre.
Nariz – que corre,com pressa,empolgado,excitado,
Elétrico sobre a linha branca – que governa.
Quem governa?
geografia de Minas.
No triângulo, nariz:
Nariz de cão de guarda, que fareja
Investimentos, negócios e truculência...
(por baixo dos panos – pobreza)
Nariz dos moleques... que escorre.
Nariz – que corre,com pressa,empolgado,excitado,
Elétrico sobre a linha branca – que governa.
Quem governa?
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